Mais um dos expoentes do rock progressivo chegou à
capital paulista para realizar uma grande apresentação.
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Foto: Divulgação |
O lendário Alan Parsons (produtor, engenheiro de som e
músico) traz em seu currículo trabalhos com Beatles, Pink Floyd e outros
artistas, além da bem sucedida carreira de sua banda, o The Alan Parsons
Project, formada em meados dos anos 70 com Eric Woolfson (falecido em 2009).
Do pop ao rock progressivo, o músico conquistou milhões de
fãs no mundo e o Brasil teve a honra de receber a Greates Hits Tour 2014. O
Alan Parsons Live Project é uma adaptação do nome original da parceria com
Eric, pois este apenas participou das composições e álbuns de estúdio.
Com álbuns inspirados na literatura, o grupo abre o show
com a canção I Robot, faixa do disco homônimo lançado em 1977, inspirado no
livro de mesmo nome de Isaac Asimov. Completamente instrumental, ela traz uma
atmosfera mecânica, com todos os instrumentos trabalhando de forma disciplinada,
tendo Alan Parsons nos teclados. Em seguida, a dançante Damned If I Do põe a
galera pra chacoalhar os esqueletos em suas cadeiras (todos os setores possuíam
assentos) e apresenta o vocalista PJ Olson ao público. Dono de um timbre de voz
imponente e agradável, o músico desempenhou bem sua função, mesmo não tendo a
suavidade natural que Eric Woolfson tinha em seus vocais.
Don’t Answer Me é a primeira música do show cantada por
Alan, que a acompanha com sua guitarra. Breakdown traz Todd Cooper nos vocais
soltando a voz e fazendo a público pensar que estava ouvindo um disco da banda,
ao invés de estar assistindo a uma apresentação, de tão perfeita que foi sua
execução. The Raven, segunda faixa do álbum Tales Of Mystery And Imagination de
1976 (inspirado no poema homônimo de Edgar Alan Poe), tem características
tensas e obscuras, reforçadas pela repetição aos gritos das palavras “never
more” no refrão.
O clima é suavizado pela emocionante Time. A
interpretação de PJ mostra sua entrega à canção, tendo o devido reconhecimento
por parte do público. Em seguida, mais uma canção dançante, I Wouldn’t Want To
Be Like You, mais uma faixa do disco I Robot.
Após canções curtas, o grupo apresenta a excepcional
suíte The Turn Of A Friendly Card, composta por 05 partes e dona de melodias
muito bem construídas. Seus pouco mais de 16 minutos parecem ter passado rápido
demais, sensação causada pelo encanto feito em seus ouvintes, tamanha é sua
qualidade.
Fragile é uma nova canção e foi a surpresa do set list,
conforme Alan Parsons disse antes de sua execução. What Goes Up possui o vocal
divido entre Todd e P.J. e expressa o bom e velho rock progressivo em seu
arranjo. Prime Time, música que abre o álbum Ammonia Avenue de 1984, conta
novamente com o vocal principal de Alan e prepara o terreno para a chegada da
canção que pode não ser a melhor do grupo, mas, com certeza, é a mais
conhecida. A instrumental Sirius faz a introdução para perfeita Eye In
The Sky. P.J. Olsson chama o público que está sentado para perto do palco e
alguns poucos fãs atendem o pedido, acompanhando a canção até seu fim.
Após levar o público ao delírio, a banda faz uma pausa e
retorna para fechar o show com a tocante Old And Wise, seguida de Games People
Play onde, novamente, P.J. chama o público e, dessa vez, toda a casa se
levanta para curtir uma das canções mais pop do grupo e se despedir dos músicos
com a certeza de ter passado por momentos incríveis durante a 1h30min de
espetáculo.
FICHA TÉCNICA
Data: 28 de Março de 2014
Realização: Top Link
Local: HSBC Brasil, São Paulo-SP.
Set List
I Robot
Damned If I Do
Don’t Answer Me
Breakdown
The Raven
Time
I Wouldn’t Want To Be Like You
The Turn Of A Fiendly Card
Fragile
What Goes Up
Prime Time
Sirius/Eye In The Sky
Old And Wise
Games People Play