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Death DTA tocando em São Paulo / Foto: The Ultimate Music PR |
Por Bruno Sawyer
Noite de domingo. Hora de se preparar para a famosa (e odiada) segunda-feira. Não há escapatória. O fim de semana está em sua reta final e o que resta é descansar e blá, blá, blá... TOTALMENTE ERRADO!
Noite de domingo. Hora de se preparar para a famosa (e odiada) segunda-feira. Não há escapatória. O fim de semana está em sua reta final e o que resta é descansar e blá, blá, blá... TOTALMENTE ERRADO!
Para os headbangers e amantes da boa música, esta noite
foi bem especial. O tributo que mantém viva a memória do fundador da banda
realizou o sonho de muitos fãs brasileiros, realizando uma performance digna de
uma lenda do metal. O grupo trouxe alegria para o público paulistano.
Não bastasse o profissionalismo dos músicos e o respeito
à memória de Chuck, o projeto contribui para a caridade, apoiando a Sweet Relief Musicians Fund, instituição sem fins
lucrativos que ampara financeiramente músicos deficientes, doentes ou que
sofrem de problemas relacionados à idade.
Death - DTA: Tributo que mantém a memória de Chuck Schuldiner viva se apresenta em setembro
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A abertura do evento fez jus à importância do
acontecimento. As bandas Test e D.E.R. tocaram juntas no palco, preparando o
público para a apresentação principal. Os grupos acabaram a apresentação pouco
antes das 20h, quando o palco e o som começaram a ser ajeitados para garantir a
apresentação do Death DTA com qualidade.
DEATH DTA: Abertura terá a inovação de dois shows em um
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Neste meio tempo, uma série de testes foi feita. Bateria
de um lado, guitarra de outro, baixo, iluminação... E em paralelo rolava um som
ambiente para que a espera fosse mais agradável. NIB do Black Sabbath foi uma
das canções e agitou o público ansioso para o início do show principal.
Eram 20:47 quando o sonho começou a se tornar realidade. Os
telões iniciaram uma retrospectiva dos álbuns da banda, seguida de imagens e
vídeos de Chuck Schuldiner que mostraram o quanto o falecido líder do Death era
(e ainda é) querido.
Platéia: “CHUCK! CHUCK! CHUCK!
Com estes gritos, às 21:00, abriram-se as cortinas e o
espetáculo teve seu início. The
Philosopher foi a escolhida para iniciar a apresentação histórica. O
público foi à loucura e não era pra menos. Gene Hoglan impecável em sua linda
bateria Pearl branca. Os guitarristas Max Phelps (também dono dos vocais) e Bob
Koelble mostrando toda sua técnica e, o cara que talvez tenha sido o personagem
da noite, Steve DiGiorgio arrebentando com suas linhas de baixo monstruosas e
seu carisma acima da média. Ao seu final houve a galera estava ensandecida.
A noite só prometia...
Em seguida tivemos a dobradinha Leprosy/Left To Die onde foi possível perceber um fenômeno que
aconteceria a noite toda, a famosa “rodinha”. No caso deste show, foi
praticamente um redemoinho, pois tomou conta do centro da pista e contou com
muitos adeptos.
Um detalhe fascinante foi que, em certa altura da
execução, a guitarra de Koelble apresentou problemas e o restante da banda
prosseguiu a apresentação enquanto esperava a resolução do ocorrido. Para a
alegria de todos Bob não só retornou com sua guitarra funcionando, mas já
voltou solando, utilizando a técnica do two hands. Foi sensacional!
Living
Monstrosity foi a próxima e, pela primeira vez, Steve
utilizou um baixo de quatro cordas. O número de cordas diminuiu, mas a sua
técnica continuou transbordando os limites de seu instrumento. Além de tocar
habilmente, ele interagiu com o público e fez algo que se tornaria constante no
show, brincou com Max. Ele sempre respondia com sorrisos, mas não podia se
desconcentrar a arruinar a execução da canção.
Suicide
Machine veio em seguida, trazendo de volta o baixo de seis
cordas de Steve e muita pauleira. A bateria de Gene também apareceu bem e só
ajudou a “botar fogo” na casa. Ao término da canção, Steve conversou com o
público. Perguntou como todos estavam, disse que eles estavam ali para tocar a
música e o legado de Chuck, apresentou a banda e anunciou a próxima canção.
In
Human Form manteve a pegada “nervosa” do show e mostrou o
entrosamento do line-up. Foi seguida por nada mais, nada menos que Lack Of Comprehension. A canção fez a
pista ferver, onde a rodinha “comeu solta”, e teve participação do público que
cantou o instrumental da introdução e também cantou os refrões. O momento foi
tão bom que, ao fim da execução, Bob apontou para a plateia e aplaudiu.
DEATH - DTA: confira video e fotos da banda ensaiando em São Paulo
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Mais uma dobradinha que enlouqueceu o público veio em
seguida. Spiritual Healing/ Within The
Mind levaram a plateia ao êxtase com toda a força e técnica presentes em
ambas. Sendo seguidas de Flattening Of
Emotions, com o bumbo duplo comendo solto.
A próxima canção trouxe uma grata surpresa. Max foi
descansar e Steffen Kummerer assumiu a guitarra e o vocal, para que o grupo
conseguisse executar o material de toda a carreira do Death. Com isso, foi
iniciada a execução de Symbolic,
seguida de Zero Tolerance, Bite The Pain e Overactive Imagination.
Após estas músicas Max retorna para finalizarem o show.
Sim, infelizmente tudo que é bom dura pouco. Sendo assim, Zombie Ritual e Baptized In
Blood foram executadas na sequência. O baixista Steve DiGiorgio perguntou
se o público queria mais e agradeceu em português com um efusivo “Obrigado!”.
Anunciada por Steve, Crystal
Mountain foi executada levando o público ao delírio e anunciando o iminente
término da apresentação.
Pull
The Plug foi a escolhida para encerrar a apresentação, que
terminou com a banda sendo ovacionada pelo público. Os cinco integrantes
agradeceram juntos a todos. Steve tirou algumas fotos de seu celular e
agradeceu mais uma vez em português.
Ao fim do evento pode-se ter certeza da importância de
Chuck Schuldiner na vida das pessoas que o conheceram pessoalmente e,
principalmente, nas vidas dos que se identificam com sua música. Os gritos de
CHUCK! CHUCK! CHUCK! provaram isso.
O legado do precursor do Death Metal está em boas mãos.
FICHA
TÉCNICA
Data: 07
de Setembro de 2014
Realização: Agência
Sobcontrole
Local: Via
Marquês, São Paulo/SP
Set List
The Philosopher
Leprosy/ Left To Die
Living Monstrosity
Suicide Machine
In Human Form
Lack Of Comprehension
Spiritual Healing/
Within The Mind
Flattening Of Emotions
Symbolic
Zero Tolerance
Bite The Pain
Overactive Imagination
Zombie Ritual/
Baptized In Blood
Crystal Mountain
Pull The Plug