terça-feira, 2 de junho de 2015

Entrevista: A força do power trio Pop Javali

Marcelo Frizzo, Loks Rasmussen e Jaeder Menossi


Por Bruno Sawyer

A banda existe desde 1992, mas lançou seu primeiro disco No Reason To Be Lonely em 2011. Atualmente o grupo segue divulgando seu último registro, o aclamado The Game Of Fate (2014).




Como todo bom power trio que se preze, a banda faz jus ao termo.

Jaeder Menossi (guitarra) e Marcelo Frizzo (baixo e vocal) bateram um papo bacana conosco e contaram um pouco sobre a banda, seu trabalho atual, amizade com o Dr Sin, entre outros. Confira:

01) É um prazer poder entrevistá-los. Contem-nos um pouco dos primórdios da banda (formação, criação de repertório, primeiras apresentações).


Jaeder: Prazer todo nosso, obrigado pela oportunidade! Nos primórdios nos reunimos pois tínhamos muita vontade de fazer um trabalho autoral, buscar nossa identidade musical. O repertório no início era mesclado com Rush, Iron Maiden, Van Halen. Já nas primeiras apresentações a banda teve uma receptividade bem bacana, o que nos deu o combustível que precisávamos para seguir em frente.

Marcelo: E a mesma formação é mantida até hoje!


02) Quais são suas principais influências?

Jaeder: As minhas principais influências foram Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Rush, Marillion e Dream Theater.  Mais atualmente Porcupine Tree e Winery Dogs.

Marcelo: No meu caso, bandas dos anos 70 e 80, sendo que as principais foram (e continuam sendo) Deep Purple, Black Sabbath, Iron Maiden, Jimmy Hendrix e Led Zeppelin.

Capa de The Game Of Fate 


03) O disco “The Game Of Fate” já é aclamado por público e crítica. Como foi o processo de composição? Houve alguma canção que deu mais trabalho para finalizar?

Jaeder: O processo foi muito tranquilo e gradual. No final de 2012 já tínhamos em torno de 70% das bases definidas, no estúdio fomos dando uns retoques finais e acrescentando alguns detalhes.

Marcelo: “The Game Of Fate”  foi inteiramente composto entre 2012 e 2013. A ideia era trazer o pensamento mais atual e maduro da banda, sem fugir da sua essência de ‘power trio’.  Por ser a música mais longa do álbum, e por ter mais vocais, acredito que a faixa título tenha sido a mais trabalhosa. Mas não houve nenhum ‘stress’ no processo de nenhuma das músicas do álbum. Foi tudo feito com muito esmero e dedicação e o ambiente não poderia ter sido melhor.


04) Os irmãos Busic produziram o disco e recentemente vocês fizeram uma turnê junto com o Dr Sin. Como foi trabalhar com eles e como é a relação entre vocês?

Jaeder: Trabalhar com eles foi ótimo, a sinergia foi imediata e nos tornamos grandes amigos, tanto que eles nos convidaram para fazermos esta turnê juntos, o que foi, acima de tudo, um grande privilegio. O resultado foi muito satisfatório e estamos preparando outras parcerias como esta para breve.

Marcelo: Somos grandes amigos e isso ajuda muito em todos os trabalhos desenvolvidos em conjunto. A gravação e produção foi algo sensacional porque nos divertimos muito, ao mesmo tempo em que desfrutamos do talento fora de série do Ivan e do Andria. Nossas viagens juntos são fantásticas, rimos o tempo todo. E em breve teremos mais!


05) O Marcelo lançou a sua websérie chamada “Dois Minutinhos” no Youtube e foi bem aceita. De onde saiu a ideia?


Marcelo: Gosto de colaborar com quem gosta de música. Sou professor de música desde os 14 anos de idade. A idéia foi disponibilizar dicas para contrabaixo e estimular o contato com esse instrumento. Note que os vídeos são direcionados para principiantes.  Novos vídeos estarão disponíveis em breve!



06) A banda vai partir para uma turnê européia em outubro. Quais são as expectativas?

Jaeder: As expectativas são as melhores e esperamos atingir no exterior o mesmo nível de reconhecimento que temos obtido em nossas apresentações no Brasil. Pelo menos estamos nos preparando muito para isso.

Marcelo: Estamos ansiosos, é claro. Esperamos que finalmente a gente consiga expandir nosso trabalho a nível internacional, que sempre foi uma meta da banda. A Europa é uma vitrine fantástica e esperamos ter uma boa aceitação por lá.


07) Vocês já abriram shows do Deep Purple, Uriah Heep e Ugly Kid Joe aqui no Brasil. Como foi tocar no mesmo palco que esses gigantes do rock?

Jaeder: Foram experiências que agregaram muito, cada uma de sua forma. Acima de tudo, poder tocar para públicos tão exigentes de bandas como estas, e termos sido tão bem recebidos, foi muito gratificante.

Marcelo: Sem dúvida que são experiências únicas.  Aprendemos como é a estrutura de um “super show internacional”, e isso agregou muito conhecimento pra gente. Principalmente o “extra-palco”; saber como é que funciona uma produção de grande porte é algo essencial para qualquer banda profissional.

08) Deixem uma mensagem para os fãs.

Jaeder: Agradecemos a todos que se identificam com a nossa música, esperamos poder continuar evoluindo como pessoas e músicos e através do nosso trabalho tentar fazer, da maneira que podemos fazer, a vida das pessoas um pouco melhor.

Marcelo: Aos amigos e leitores do Dossiê do Rock, um grande abraço e muito Rock ‘N’ Roll em suas vidas! Gostaria de agradecer muito pela oportunidade e pelo privilégio de falar com vocês! Parabéns pelo ótimo trabalho e continuem firmes e fortes!

09) Muito obrigado pela entrevista e agora é a vez de vocês. Podem me perguntar o que quiserem. Muito obrigado!

Jaeder: Você gostou do nome da banda?

Bruno: Com certeza é um nome singular! (risos). Mas é bacana sim e eu creio que dá ainda mais originalidade para a banda.



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