Por Bruno Sawyer
O projeto Metal Singers
passou pelo Brasil em sua primeira edição e os veteranos Udo, Mike Vescera, Tim
“Ripper” Owens e Blaze Bayley, mostraram que, além deles, o metal ainda tem
muita lenha para queimar.
O público corria para chegar
à casa a tempo de pegar o evento no começo. O problema é que no flyer e nos
ingressos o horário de início estava marcado para as 19:30, porém Mike Vescera,
o primeiro a se apresentar, subiu no palco pontualmente às 19:00. Vale
ressaltar a presença de Blaze Bayley (muito simpático aliás) em um pequeno
totem, tirando fotos e dando autógrafos para quem quisesse.
A banda de apoio também se
saiu muito bem durante toda a noite e não comprometeu nenhuma das
apresentações. Vale ressaltar que apenas os vocalistas deixaram o palco após
cada uma de suas apresentações e a banda seguiu firme e forte durante duas
horas e meia de show.
Mike Vescera iniciou os
trabalhos às 19:00 em ponto. Seventh Sign e mostrou presence de palco,
interagindo bastante com o público. Ao término da canção foi aplaudido. Never
Die veio em seguida e o vocalista abraçou um dos guitarristas e foi aplaudido
após o fim da canção.
Perguntou se todos estavam
bem e Soldier Of Fortune foi inciada, agitando a galera e mantendo o bom nível
da apresentação. Logo após veio Vengeance e o público cantou junto e o
ovacionou no fim.
Antes de You Shook Me, a
última canção de seu set, a galera puxou um coro aos gritos de “Vescera!”, “Vescera!”.
A canção foi executada impecavelmente e ao seu final, Mike agradeceu bastante,
disse que o público era foda, falou os nomes dos outros vocalistas do evento,
acenou para a galera e saiu do palco muito aplaudido.
Um velho conhecido dos
palcos brasileiros foi o próximo. Blaze Bayley, que teve uma passagem marcante em
vários sentidos pelo Iron Maiden, entrou em cena e mostrou que o carisma,
simpatia e respeito que tem pelos fãs faz parte das apresentações e de sua
vida.
Com muita presença de palco
ele fez o público ferver. Voices From The Past (canção de sua carreira solo)
abriu seu set list. A galera estava ensandecida, batendo palmas e cantando
junto com ele que, fazia a galera entoar um sonoro “ôôô” interagindo de forma
brilhante. Realmente, ele se entrega quando está no palco. Sem dúvida alguma,
foi ovacionado assim que a canção terminou.
Ele brincou com a galera
dando boa noite e falando os nomes de cidades diferentes do Brasil:
Blaze: - Boa noite Curitiba?
Público: - Não!
Blaze: - Boa noite Rio de Janeiro?
Público: - Não!
Blaze: - Aqui é São Paulo
certo?
Público: - Sim!
Blaze: - Então grite para
mim São Paulo!
E foi o que a galera fez.
Man On The Edge veio em seguida e quase trouxe a casa abaixo. Ele foi para a
ponta do palco e cantou junto com os fãs. Estes também não se acanharam,
cantando o refrão junto com ele que durante o solo, não perdeu o ritmo e ficou
correndo de um lado para o outro feito louco, agitando a galera.
Continuando com as
composições de sua época no Iron Maiden, Como Estais Amigos? Veio em seguida.
Blaze fez a galera bater palmas ao seu ritmo na intro e durante o solo puxou um
coro de “hey!”. O público respondeu cantando o verso “No More Tears” junto com
o músico. Mais uma vez ele foi ovacionado ao término da canção.
Mostrando todo o respeito
que tem pelos fãs, ele agradeceu em português e disse que é um artista
independente e para ele o que importa é o público. Os ingressos e cd’s que as
pessoas adquirem possibilitam que ele continue fazendo shows e vindo para o
Brasil. E agradeceu novamente com um sonoro “Muito, Muito Obrigado!”.
The Clansman, outro grande
sucesso dele na donzela de ferro, veio em seguida. A galera puxou um “ôôô” em
coro durante a introdução e cantou a músico junto com Blaze. Como já era de se
esperar, assim que o refrão começou, houve uma explosão em toda a casa. Público
e músicos pulando juntos, mostrando uma sintonia exemplar. Ai fim da canção, mais
uma infinidade de aplausos.
A fera que veio em seguida
foi o gigante (na altura e na voz) Tim “Ripper” Owens. Mandando ver, Ripper já
iniciou seu set com uma composição de sua época no Judas Priest, Jugulator. Interagiu
com a galera puxando um coro de “hey!” e fez o famoso chifre com as mãos, eternizado
por Ronnie James Dio. Além disso, mostrou que sua voz continua impecável!
Grinder veio em seguida e o
público mostrou que estava se divertindo à beça. A galera dançou, cantou junto
e, claro, ovacionou Tim e a banda ao término da canção. Aos gritos de “Ripper!”,
“Ripper!”, o músico falou com o público e elogiou a banda de apoio.
You’ve Got Another Thing
Comin’ foi a próxima e o público continuou mostrando que estava mesmo curtindo
a noite, cantando junto, batendo palmas e respondendo a Ripper quando ele pediu
para que todos gritassem “Metal!”, “Metal!”. Em seguida tivemos Death Row, mais
uma de sua época no Judas Priest, onde a galera que estava lá mostrou que é Headbanger
de verdade. Ao fim da execução, muitos aplausos.
Para fechar com chave de
ouro o set solo de Ripper, Painkiller. A galera cantou o refrão junto e
ovacionou o vocalista ao término da execução. Ripper agradeceu e saiu do palco
com a galera gritando seu nome.
Para fechar a primeira parte
do evento ninguém melhor que ele, a lenda, o mestre, Udo!
O clássico de sua carreira
solo Animal House foi o primeiro petardo de seu set. Entrou no palco com a
galera gritando seu nome e retribuiu perguntando se todos estavam prontos.
Durante a execução da canção foi uma festa só com todos pulando e batendo
palmas, cantando junto com ele e se divertindo bastante. O músico também
interagiu com a galera, em um determinado momento ficou apontando para o
público e fez uma careta para descontrair. Foi ovacionado ao término da canção.
Em seguida veio They Want
War e Udo fez a galera entoar um coro de “hey!”, “hey!”. Todos interagiram
batendo palmas durante o solo e o vocalista brincou com o público cantando uma
parte do refrão e deixando a parte “They Want War” para o público, que respondeu
à altura e mostrou que a noite era especial.
Os clássicos de seu período
no Accept vieram em seguida. Metal Heart foi a primeira, sendo introduzida por
Udo:
Udo: - Vocês estão
preparados?! Para Metal! Metal! Metal Heart!
A galera bateu palmas na
intro, cantou junto o refrão, o solo e o que mais desse para cantar, ovacionando
a banda e o músico ao término da canção.
Princess Of The Dawn veio em
seguida e contou com mais interação da plateia. Ao seu término, mais uma
infinidade de palmas e gritos do público. Para fechar, Fast As A Shark onde Udo
puxou a cantiga alemã da intro, sendo seguido pela galera e mostrou que ainda
tem muita lenha para queimar.
A segunda parte do evento foi composta por Jams. Na primeira, voltaram ao palco Mike Vescera e Blaze Bayley que apresentaram um ao outro, agradeceram mais uma vez e cantaram o clássico Man On The Silver Mountain do Rainbow, eternizado na voz do inesquecível Ronnie James Dio. Na sequência, outro clássico do Rainbow com Dio nos vocais, Long Live Rock And Roll. A galera foi á loucura e pulou e cantou bastante.
A segunda parte do evento foi composta por Jams. Na primeira, voltaram ao palco Mike Vescera e Blaze Bayley que apresentaram um ao outro, agradeceram mais uma vez e cantaram o clássico Man On The Silver Mountain do Rainbow, eternizado na voz do inesquecível Ronnie James Dio. Na sequência, outro clássico do Rainbow com Dio nos vocais, Long Live Rock And Roll. A galera foi á loucura e pulou e cantou bastante.
Mike deixou o palco e Tim
voltou. Ele e Blaze brincaram um pouco e Ripper anunciou a próxima canção. Wrathchild
do Iron Maiden, mais uma vez com Blaze interagindo fervorosamente com o
público.
Desta vez foi ele quem cedeu
seu lugar para Udo. Ele brincou dizendo que eles iam tocar uma que nunca tinha
cantado e Balls To The Wall, um dos maiores clássicos do Accept foi executada.
Foi uma festa só, a galera cantando junto e participando ativamente,
respondendo bem às brincadeiras dos vocalistas. Ao término da canção, Udo
agradeceu ao público que, por sua vez, gritou constantemente o seu nome e o de
Tim “Ripper” Owens.
Infelizmente, a noite estava
chegando ao seu fim. Blaze e Mike retornaram ao palco e antes de executarem o
último número, apresentaram a banda de apoio que, incansavelmente, ficou por
duas horas e meia seguidas tocando com maestria repertórios bastante diferentes.
Realmente, os músicos mereceram todos os aplausos e reverências.
Em clima de fim de festa,
Living After Midnight do Judas Priest foi tocada e todos na casa celebraram
mais uma noite onde o metal mostrou que continua vivo e chutando vários
traseiros mundo afora.
FICHA TÉCNICA
Data: 24 de Janeiro de 2015
Realização: Manifesto e Open The
Road - Booking, Management and Productions
Local: Clash Club - São Paulo/SP
Set List
Mike Vescera
Seventh Sign (Yngwie
J. Malmsteen)
Never Die (Yngwie J.
Malmsteen)
Soldier of Fortune
(Loudness)
Vengeance (Yngwie J.
Malmsteen)
You Shook Me
(Loudness)
Blaze Bayley
Voices from the Past
(Blaze Bayley)
Man on the Edge (Iron
Maiden)
Como Estais Amigos (Iron Maiden)
The Clansman (Iron
Maiden)
Fear Of The Dark
(Iron Maiden)
Tim "Ripper" Owens
Jugulator (Judas
Priest)
Grinder (Judas
Priest)
You Got Another Thing
Comin' (Judas Priest)
Death Row (Judas
Priest)
Painkiller (Judas
Priest)
Udo
Animal House (U.D.O.)
They Want War
(U.D.O.)
Princess of the Dawn
(Accept)
Metal Heart (Accept)
Fast as a Shark
(Accept)
Metal Singers (Jam)
Man On The Silver
Mountain (Rainbow)
Long Live Rock 'n'
Roll (Rainbow)
Wrathchild (Iron
Maiden)
Balls to the Wall
(Accept)
Living After Midnight
(Judas Priest)
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