Por Bruno Sawyer
A banda mineira com seus 20 anos de estrada tem ótimos registros musicais e boas histórias para contar.
A banda mineira com seus 20
anos de estrada tem ótimos registros musicais e boas histórias para contar.
O vocalista Manu “Joker”
Henriques nos concedeu gentilmente uma entrevista onde conta um pouco sobre a
trajetória da banda e sobre seu trabalho mais recente, o ótimo disco Opressor
(2014).
Confira abaixo nosso
bate-papo com ele:
01) É
uma honra entrevistá-lo. O último lançamento da banda, Opressor (2014), é um
álbum bem intenso. Como foi o processo de composição? Houve alguma canção que deu
mais trabalho?
Manu:
O
processo foi bem tranqüilo, pois separamos um bom tempo para a
pré-produção, maturar as músicas, equacionar as idéias, etc. Algumas faixas ficam prontas mais rápido,
tipo “Moleque De Pedra”, já outras como “O Campo”, demoram mais, mas no geral foi tudo bem
tranquilo e tivemos tempo para cuidar de tudo para que ficasse do jeito que
queríamos.
02) Como
foi trabalhar com o Gustavo
Vazquez?
Manu:
Bem
tranqüilo, cara. Já tínhamos trabalhado com ele antes no cover do Stress (que
saiu no Tributo à banda e
como bônus no álbum “Eurocaos – Ao Vivo” do Uganga lançado em
2013). O Rocklab é um estúdio
rock ’n ’ roll sem frescuras, é esse o ambiente que se tem ao
gravar. O Gustavo é muito competente e somou com a banda de maneira muito
forte. Ele sabe pegar nossa sonoridade ao vivo e levar pro álbum,
além de ter participado de algumas faixas fazendo backings ou tocando teclado.
O cara é um parceiro e estamos trabalhando com ele novamente no nosso DVD de 20
anos.
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Capa / Arte: Beto Andrade |
03) Durante
a turnê européia de 2010 a banda
visitou o campo de
concentração de Auschwitz, na Polônia. Isso resultou na música “O Campo”.
Conte-nos um pouco dessa experiência.
Manu:
Eu
sou fanático por história, em especial sobre o grandes conflitos da humanidade,
e com certeza a Segunda Guerra Mundial foi o maior e mais brutal desses
conflitos. O que levou um povo culto
como o alemão a embarcar numa ideologia furada como aquela ainda é um mistério,
inclusive para eles. Obviamente tenho repulsa pelas atrocidades cometidas assim
como por qualquer discriminação racial ou social. Estar lá foi um misto de
sentimentos, mas com certeza é algo que deve ser preservado e nunca
esquecido. Nós com certeza nunca
esqueceremos essa visita e parte das nossas percepções estão em “O Campo”.
04) A arte do disco é bem
interessante. Fale um pouco sobre ela.
Manu:
Quem
fez a arte foi o
Beto Andrade de BH (https://www.facebook.com/beto.a.silva
) , um artista novo mas que está fazendo um trabalho de respeito. Eu tinha
mais ou menos um conceito para a capa e fui passando pra ele. Depois de vários
estudos chegamos nesse que representa bem o conceito do álbum, uma divindade,
um ser surgido a partir das fraquezas do ser humano. Seria a nossa versão da deusa da destruição
Kali. O encarte ficou por conta do Marco, meu irmão e baterista do Uganga, e
também casou perfeitamente com a idéia. Foi um trabalho feito em conjunto e o
resultado nos agradou 100%.
"Opressor", do Uganga, é eleito "Melhor Álbum de 2014" e banda anuncia show com Coroner em São Paulo
05) Durante
esses anos de estrada devem ter ocorrido situações inusitadas. Há alguma que
você gostaria de contar?
Manu:
Cara,
rolou muita coisa, por sorte ou merecimento mais coisas boas que ruins. A
estrada é um território que deve ser respeitado, assim como uma floresta
fechada ou uma trilha nas montanhas. Pode ser lindo, mas também pode te
destruir, creio que com o tempo
a gente passou a aprender as regras do jogo (risos). Já
tocamos com bandas de black
metal extremo e com os Racionais MC’s pra você ter uma idéia (risos). Se ver
perdido no meio de um milharal na Holanda, tretar com um babaca nazi em Frankfurt , ver o nome da
sua banda grafitado no muro de Berlim por um artista local ou visitar lugares
como Auschwitz são coisas loucas que você lida nessas viagens. Ter a chance de
tocar com artistas que você admira ou mostrar sua música para outras culturas
não tem preço.
06) No
mês passado vocês fizeram um show junto com o Coroner. Como foi a experiência?
Manu:
Foi
demais! Há tempos queríamos fazer um lançamento do “Opressor” na capital
paulista e essa chance veio na hora certa. Adoro Coroner e foi foda vê-los
detonando 30 anos depois, assim como conhecer as outras três bandas. Do nosso
lado foi o segundo show com o Murcego na terceira guitarra e a recepção do
público e da crítica a nossa apresentação nos deixou muito felizes. Espero que
não demoremos a voltar!
07) O
que você acha do cenário atual brasileiro?
Manu:
Acho
que vivemos um bom momento, várias bandas legais, publicações especializadas
tanto físicas como virtuais, um público que segue se renovando, vejo com bons
olhos.
08) Deixe
um recado para os fãs.
Manu:
Você
que quer conhecer o Uganga ,
acesse nosso site www.uganga.com.br ou
veja nossos vídeos https://www.youtube.com/user/ugangamg.
Se gostar, cole nos shows e
vamos tomar uma cerveja. Pax!
09) Como
de praxe aqui no
Dossiê do Rock, agora é a vez de vocês. Podem me perguntar o que quiserem!
Manu:
Ok,
vamos lá: Qual o seu dossiê sobre o
Uganga ? Muito Obrigado!
Bruno:
Cara, não dá pra escrever o que gostaria aqui para não ficar enorme (risos). O
que posso dizer é que o Uganga já é mais uma das gratas surpresas que tive nos
últimos tempos e que sentimento, técnica e, principalmente, conteúdo, são
elementos marcantes no trabalho de vocês. Espero fazer um dossiê de verdade com
todo o material possível sobre a banda em breve, pois quanto mais gente
conhecer o Uganga, melhor. Grande abraço e o Dossiê do Rock estará sempre de
portas abertas para vocês!
Conheça mais do trabalho do
Uganga nos links abaixo:
www.uganga.com.br
www.twitter.com/uganga
www.myspace.com/uganga
www.youtube.com/ugangamg
www.facebook.com/ugangaband
www.sapolioradio.com.br
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Dossiê
do Rock: Revelando o passado. Incentivando o futuro.