quinta-feira, 30 de julho de 2015

"Impossível falar do trabalho de Bruno Mansini sem associar à palavra gênio"




Por Glauco De Vita

Impossível falar do trabalho de Bruno Mansini sem associar à palavra gênio em seu sentido primordial que é o de “originar”, “fazer surgir”. 




E o músico o faz de forma explícita e até despudorada em seu trabalho Secret Signs Of Green, pois a integração dos elementos musicais, poéticos e até visuais – a começar pela capa – realmente é ímpar. Discutiremos mais à frente a respeito. 


Bruno Mansini é músico de talento único, pois consegue algo até então impensável: dar continuidade e renovação ao terreno do Rock Progressivo, que mesmo colonizado e explorado por poucos músicos, dados os pré-requisitos de qualidade e conhecimento dos elementos musicais e culturais, é conceitualmente árido para se conseguir inovar sem simplesmente repetir fórmulas bem-sucedidas numa profusão de “quebradeiras” e “colagens” surpreendentes, porém esperadas.




Aliando elementos da música Brasileira, Oriental e claro, do próprio rock e, pasmem, POP romântico, consegue trazer um resultado agradável e delicado, sem, no entanto JAMAIS enveredar pelo caminho da obviedade e do simplório.  

O paradoxal no trabalho de Bruno Mansini é que agrada tanto à audiência atenta aos elementos técnicos e musicais mais exigentes, dada sua consolidada formação musical, quanto àqueles que preferem simplesmente se “deixar levar”, por um estado arrebatador de FLUXO, inclusive remetendo às mais etéricas camadas que nossa imaginação possa alcançar, posto que como bom aquariano, consegue conjuminar transcendência e concretude, futuro e presente, expressando muito além das simples palavras e musicalidade.




A integração na esperança é o lema de Secret Signs Of Green, evocando toda a esperança e energia de cura através do verde, amalgamado na riqueza, transcendência e sabedoria do dourado, e tudo isso dinamizado pelos orbitais atômicos circundantes, acionando e nos fazendo conectar ao nosso próprio Sol Central. Sem contar como fato de que apesar de ser um trabalho de alcance universal, as cores da capa aludem à brasilidade de Bruno Mansini, algo de que o músico não abre mão. 



As letras se interligam de faixa a faixa, envolvendo a temática baseada nos tipos de amor, desde o romântico ao amor pela humanidade e transmitindo os mais elevados sentimentos, para que sejam realmente acionadores de nossos mais elevados valores e estados internos, e tudo isso musicalmente encadeado e permeado musicalmente com uma perfeita condução nas progressões e na distribuição corretíssima dos instrumentos, conseguindo mudar temperos e temperamentos em transições ao mesmo tempo delicadas, complexas e, sobretudo CALMAS, pois não existe aquela FRAGMENTAÇÃO um tanto esquizofrênica típica dos seus antecessores no Rock Progressivo e muito menos a precariedade musical apresentada por inúmeras vezes na New Age ou World Music. Por isso classifico como GENIAL.

Quem interage com a atmosfera deste trabalho certamente sai uma pessoa melhor do que antes desse contato.


Boa viagem à Transcendência (seja por dimensões exteriores ou interiores do Ser).

Dossiê do Rock: Revelando o passado. Incentivando o futuro.